OITO SUGESTÕES PARA EVITAR A COLISÃO DE PÁSSAROS COM FACHADAS ENVIDRAÇADAS

A cada ano, bilhões de aves morrem ao colidir com fachadas de vidro cada vez mais presentes nos prédios mundo afora. Para evitar acidentes desse tipo, aqui estão oito maneiras de tornar os edifícios mais amigáveis aos pássaros, segundo o portal norte-americano dezeen.com, especializado em arquitetura, interiores e design.

Superfícies reflexivas são “o principal culpado” pelas mortes em massa de pássaros, de acordo com Melissa Breyer, voluntária que estudou colisões de pássaros com janelas de edifícios em Nova York (EUA). “Os pássaros não entendem o conceito de vidro”, acrescenta o arquiteto Dan Piselli, diretor de sustentabilidade do estúdio de arquitetura nova-iorquino FXCollaborative, que estudou formas de reduzir o problema em vários edifícios da cidade. “As aves não evoluíram para lidar com o vidro. Simplesmente não podem vê-lo”, diz ele.

OITO MANEIRAS

Aqui estão as opções sugeridas pelos especialistas para ajudar os pássaros a evitar colidir com fachadas envidraçadas:

  • Vidro com frisos estampados

O uso deste tipo de vidro é uma solução simples. Impresso com frisos ou com padrão de pontos, esta opção pode reduzir o brilho da fachada e também os custos de resfriamento do edifício, tornando o vidro mais visível para os pássaros. De acordo com a American Bird Conservancy, os frisos são mais eficazes quando gravados na parte externa da superfície do vidro;

  • Vidro translúcido e opaco

Gravado, manchado ou fosco, pode reduzir e até eliminar as colisões, de acordo com a American Bird Conservancy. Isso ocorre porque os pássaros não criam uma ilusão de ótica, achando que estão em um espaço contínuo.

  • Películas (window films)

Aplicáveis em superfícies internas e externas, essas películas para janelas estão se tornando comuns para evitar colisões de aves. Esse tipo de película normalmente contém listras horizontais estreitas e pouco visíveis ao olho humano.

  • Redes, telas e persianas

Esta é outra maneira efetiva de tornar a fachada mais segura para os pássaros, podendo ajudar ainda no sombreamento contra a radiação solar e no visual decorativo do edifício. Alternativas econômicas, como telas mosquiteiras, podem ser igualmente eficazes.

  • Vidro com proteção UV

Janelas e superfícies refletivas que contam com padrões ou revestimentos contra a radiação ultravioleta (UV) podem se tornar visíveis para as aves, porque muitas espécies conseguem perceber o espectro de luz UV. Esta tecnologia não é visível para os humanos, mas é comumente usada em edifícios espelhados e projetados para refletir o entorno. No entanto, esta é uma das opções mais caras para tornar edifícios amigáveis aos pássaros – e muitas vezes não é uma solução recomendável, pois certas aves são menos sensíveis à luz UV.

  • Superfícies irregulares

Esta opção enfatiza os contrastes e reflexos irregulares na fachada, evitando a ilusão de espaço contínuo para as aves voando. Revestimentos de aço inoxidável manchado, varandas ondulantes e em ângulo são exemplos de soluções bem sucedidas utilizadas em fachadas diversas de algumas edificações contemporâneas.

  • Decalques e adesivos decorativos

Solução simples e de baixo custo, permite a aplicação de silhuetas de animais ou mesmo de simples tiras de fita adesiva na superfície do vidro. Segundo a American Bird Conservancy, se os decalques ou adesivos forem aplicados corretamente na parte externa da fachada envidraçada, os pássaros poderão identificar as imagens como obstáculos a evitar.

  • Programas de luzes apagadas

Além de minimizar o reflexo de vidros e espelhos na fachada, uma das maneiras mais fáceis de diminuir a colisão de aves é simplesmente desligar as luzes do prédio à noite. Este é o objetivo de muitos programas “Lights Out” existentes nos EUA e no Canadá. Melissa Breyer, voluntária da instituição de caridade NYC Audobon, de Nova York, solicitou que mais proprietários e ocupantes de prédios participassem disso após a morte em massa de pássaros naquela cidade, no ano passado. Breyer diz que esses programas são particularmente importantes durante as migrações de aves na primavera e no outono norte-americano.

Fonte: Dezeen e Revista Contramarco