BAIRRO SUSPENSO A 500 M DE ALTURA EM TORNO DO MAIOR ARRANHA-CÉU DO MUNDO

Conheça o projeto Downtown Circle, que envolve o Burj Khalifa, arranha-céu com 829,8 m, em Dubai

Um bairro em formato circular suspenso a 500 m de altura, ao redor do maior prédio do mundo. Este é o projeto do escritório ZNera, em Dubai, que idealizou o Downtown Circle, com cinco andares, envolvendo o Burj Khalifa, arranha-céu com 829,8 m, quase o dobro da altura do Empire State Building.

De acordo com o ZNera, o Downtown Circle vem ao encontro do dilema vivido em Dubai, um dos maiores centros urbanos do mundo, de como construir densamente mantendo a habitabilidade para a população. “A mega estrutura oferece uma alternativa aos arranha-céus singulares e desconectados encontrados na maioria das áreas metropolitanas”, escreveu a empresa em seu Instagram.

O projeto tem como um dos pilares a sustentabilidade e a autossuficiência. Abrigando moradias, áreas comerciais e corporativas e espaços culturais em uma circunferência de cerca de 3 km, a construção tem como ponto central o Skypark, uma área verde que conecta os cinco andares da estrutura, com pântanos, cachoeiras, vegetação tropical e várias floras, conforme descrevem os responsáveis do projeto para o “The National News”, jornal dos Emirados Árabes Unidos.

O projeto prevê também áreas para a captação de água da chuva, energia solar e um sistema de armazenamento de carbono e filtragem de poluentes do ar como parte do ecossistema urbano. O Downtown Circle ainda conta com uma espécie de persianas externas, com um desempenho planejado para ser adaptado conforme a orientação solar e a sombra própria do edifício devido a sua geometria.

Para o deslocamento interno, o projeto contaria com uma frota de embarcações suspensas, como cápsulas em uma rede ferroviária acoplada na parte inferior da edificação, que transportariam passageiros de uma ponta a outra.

Em entrevista à CNN, os arquitetos responsáveis pela ideia do círculo suspenso, Najmus Chowdry e Nils Remess, explicaram que o Downtown Circle ainda é praticamente e financeiramente implausível. Segundo os profissionais, a pretensão objetivava “iniciar uma conversa”, como algo que “pode levar as pessoas a repensarem o desenvolvimento urbano”.

Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo